O voto proporcional é ferramenta excrescente que tem beneficiado políticos sem votos, em prejuízo de outros que têm mais votos que eles mas que não conseguiram alcançar o coeficiente eleitoral*. Esse motivo, isolado, não seria portanto suficiente para justificar o sistema. Então, o voto proporcional seria bom para quem mais? Para o eleitor? Para os partidos grandes? Para os pequenos? Isso tem alguma origem histórica oportunista? Alguém sabe?
*O coeficiente eleitoral resulta de um cálculo (divisão entre votos e cadeiras). Se um candidato tiver mais votos que os necessários para atingir o coeficiente, os votos "excedentes" são distribuídos para o partido, em benefício de candidatos pouco votados. Parece ser uma distorção do conceito de democracia; afinal, o poder sai da mão do povo (demo quer dizer povo) e é entregue aos partidos, que dele dispõem.
Um comentário:
Li em dois lugares diferentes (e começo a achar que é verdade) que apenas 35 deputados, entre os 513, se elegeram com votos próprios. O resto entrou pelo voto de legenda... O "resto" é: 478!
O Brasil precisa mesmo de uma reforma política. E ela tem que vir do Senado, pois se vier da Cãmara virá com defeitos, certamente.
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